terça-feira, 13 de outubro de 2009

A democracia da Hiena

Por Sandro Neiva

Ao zapear aleatoreamente o controle remoto, vi sintonizado na tela o canal da TV Senado. Os lingüistas aprenderiam muito se observassem o uso que aqui se faz da linguagem e passassem a mapear o território esquizóide que há entre a retórica e a ação.

Uma hiena calva e gorda pede a palavra. Rodeios lingüísticos e firulas proverbiais para defender o indefensável. Citações de pensadores ilustres saem como meretrizes de sua boca. Vossa Excelência pra cá, Vossa Excelência pra lá. É a isso que chamam de ética?

A discussão foi estupenda. Comparado, o samba-do-crioulo-doido seria fichinha. Mas mesmo assim, no final, as hienas miseráveis foram unânimes nos aplausos calorosos e em afirmar que é com esses monólogos neuróticos e com essa verborréia pseudo-intelectualóide que se constrói a tal democracia.


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