quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

OS MALTRAPILHOS - punk rock DF


Curta aqui seis minutos de puro punk rock. Trata-se da banda Os Maltrapilhos (DF) em show de abertura para o Cólera, em novembro último, aqui em Brasília. Punk's não morrem!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Dona Negra:104 anos

Do alto de seus 104 anos, Maria do Carmo da Silva Neiva – ou Dona Negra, como prefere ser chamada – se considera “feliz demais”. Ela impressiona não somente pela longevidade, mas pela lucidez e precisão de raciocínio, que lhe permitem emitir com facilidade conceitos filosóficos de vida e a desenterrar da memória fatos remotos, a maioria ocorridos em sua histórica Paracatu (MG). Extremamente religiosa, ela descreve com detalhes os interiores de igrejas há tempos destruídas pelo falso progresso e os processos políticos que desencadearam as demolições. Dona Negra é a própria memória viva de sua cidade. (Direção: Sandro Neiva - Pervitin Filmes – 12 min – 2008)

* Dona Negra faleceu um ano depois do lançamento desse documentário, mas chegou a se ver na tela, ficou emocionada e se disse “feliz demais”. Descanse em paz!


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

CÓLERA em Brasília – 21/11/2010

Por Sandro Neiva

No último domingo a banda punk CÓLERA (SP) voltou a Brasília para mais uma apresentação bombástica, depois de um ano longe dos palcos da Capital. Na noite anterior eles haviam tocado em Goiânia e chegaram a Brasília debaixo de forte chuva. A abertura do show foi feita pelos Canibais, Os Maltrapilhos, ARD e Alarme. Parabéns aos brothers Márcio, Nenem e Amarildo, que fizeram todo o corre com muita competência para a realização do evento. Eu, enfim, consegui concluir a entrevista que havia começado em 2006 para a realização de um documentário em que Redson, Pierre e Val contam tudo sobre os mais de 30 anos de existência do CÓLERA. Você, fã, aguarde esse lançamento da PERVITIN FILMES. Confira abaixo os cinco minutos iniciais do show e sinta a energia visceral que sai do palco e contagia o público. Cólera is fucking great, man!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

The Exploited em Brasília (2009) "Let's Start A War"


The Exploited em Brasília/DF no ano de 2009. Essa é a primeira música do show.

domingo, 17 de outubro de 2010

"Bloody Gold" - Ouro de Sangue (em 5 partes e legendado em inglês)



Por Sandro Neiva

"Ouro de Sangue" é um documentário que aborda as consequências socioambientais da mineração de ouro em Paracatu (MG) desde 1987. A transnacional canadense que atua na cidade conseguiu junto aos órgãos ambientais legalmente responsáveis a aprovação de um plano de expansão da mina por mais 30 anos. Aos paracatuenses sobram enormes feridas abertas pelas lavras a céu aberto, venenos químicos, poeira tóxica, população enferma e mortes. Há relatos de vizinhos da empresa, um médico, um geólogo, um Procurador de Justiça Criminal e um diretor da mineradora. Trilha Sonora com Murro no Olho, Amorphis e Type O’Negative. Em 2008, “Ouro De Sangue" participou da 35ª Jornada Internacional de Cinema da Bahia, realizada em Salvador e do Festival de Cinema Socioambiental, em Nova Friburgo, estado do Rio de Janeiro. Em 2009, o documentário participou do III Festival de Cinema na Floresta, em Alta Floresta, amazônia matogrossense. (Pervitin Filmes – 44min – 2008).

ASSISTA AO FILME NA ÍNTEGRA, EM 5 PARTES E LEGENDADO EM INGLÊS:








terça-feira, 5 de outubro de 2010

A Arte de Gil Vicente na Bienal de SP

Separei aqui 4 dos 10 auto-retratos do artista pernambucano Gil Vicente, que foram considerados "apologia do crime" na última Bienal de São Paulo. Excelente! Muito bom!







terça-feira, 28 de setembro de 2010

Razões pelas quais não é conveniente votar

[1] Por um lado, porque é mentira que o voto é a “expressão máxima” de cidadania, e por outro, porque todo “cidadão” tem sido historicamente apenas um número, em CPF, um estômago, um alienado e um monstro nesta República fajuta;

[2] Porque não é verdade que a abstenção, que o voto nulo, que o voto em branco e que a indiferença eleitoral irá favorecer os governos de direita, inclusive, porque todos os governos são de direita e porque todos os candidatos são oportunistas, arrivistas e reacionários;

[3] Não deves votar, entre outras mil razões, porque o voto é obrigatório e secreto;

[4] Porque o que se chama “Partido”, é sempre e sempre algo como uma seita, como uma tribo, como um clube, uma confraria, uma quadrilha, uma religião sectária e inquisitória;

[5] Porque para as elites, para os ricos, para os empresários, para os intelectuais, para os membros da pequena legião de privilegiados, em suma, para os “candidatos” e seus cúmplices, é sempre mais fácil rapinar o país e sugar os cofres públicos com teu aval;

[6] Porque a história, (mesmo a escrita pelas elites) não deixa dúvidas de que o candidato seja ele da facção que for, vem pensando e agindo como um manipulador, um charlatão, um vaidoso, um messias, um pulha e um ditador desde o Primeiro Grau, onde já era tesoureiro do grêmio estudantil;

[7] Porque os candidatos emergem sempre de meios que tu não fazes parte e porque são engendrados sempre na cúpula desta ou daquela organização corporativista, autoritária, voraz, cheia de vícios e de manhas, sempre de olho num Ministério ou numa Comissão e visando sempre e sempre o poder;

[8] Não deves votar porque a história dos últimos 117 anos registra, invariavelmente, o enriquecimento ilícito de vereadores, de prefeitos, de deputados, de governadores, de senadores, ministros e presidentes da república;

[9] Porque é inconcebível que tu, desempregado, sub-empregado ou recebendo um salário de misericórdia, se alimentando quase como um suíno, vestindo-se quase como um indigente, sigas elegendo esses homens demagogos e estelionatários que, no curto período de seus mandatos, passam do chinelo para a botina e logo depois para as pantufas, entrincheirados atrás da imunidade parlamentar e dos guarda-costas que a república lhes garante;

[10] Não deves votar porque nada, absolutamente nada do que se considera “benefício social”, “bens públicos” etc, foram conquistados através deles;

[11] Porque o Congresso Nacional e as Câmaras Legislativas, apesar dos cacarejos populistas e da propaganda enganosa, não são, nunca foram e não serão nunca, um instrumento de Representação Popular, mas, pelo contrário, uma instituição de que gera revolta, arrependimento e humilhação social;

[12] Porque a tal “esquerda”, a tal “direita”, o tal “centro” e todas as demais denominações fantasiosas e delirantes que esses homens inventam para confundir-te, são farinha do mesmo saco, estão apoiadas sobre o mesmo eixo, isto é, sobre a mesma hipocrisia e sobre a mesma ânsia de poder, de status e de dinheiro;

[13] Porque tu, mesmo que queiras, não descobrirás nenhuma diferença significativa entre o “programa de governo” de uns e o “programa de governo” de outros;

[14] Não deves votar porque com teu voto, estarás fazendo com que a responsabilidade por toda a roubalheira, por todo cinismo, por todo atraso, por toda a esterqueira nacional que é invariavelmente promovida por esses senhores recaia basicamente sobre ti e sobre teus descendentes;

[15] Porque o profissionalismo político é uma praxe de mercenários onde, como no submundo da máfia, do jogo do bicho e da prostituição só se avança para postos superiores depois de já ter uma história pessoal recheada de mutretas, de falcatruas, de cumplicidades, de sabotagens, de golpes e de crimes;

[16] Não deves votar porque tens consciência de que todos os candidatos, antes de lançarem suas candidaturas, vão a todo tipo de igrejas fazer promessas, pedir apoio e benção aos banqueiros, aos traficantes, aos credores internacionais, aos gerentes das multinacionais de medicamentos, de telefonia e a outros abutres que vivem no país empurrando suas merdas para nossa população ingênua, aproveitando-se de nossa ignorância e de nosso subdesenvolvimento…

[17] Porque os candidatos, sem exceção, penhoram o cérebro e a “alma” junto aos chefões das igrejas, mesmo sabendo que elas são sempre reacionárias, absolutistas, especialistas em propaganda enganosa e ninhos de hienas que precisam da miséria e do sofrimento das massas para sobreviverem… Sem falar de que, num Estado pretensamente laico, esses acordos são, no mínimo, paradoxais e criminosos;

[18] Não deves votar porque teu voto é sempre uma procuração em branco para esses bandidos, para esses excêntricos, para esses estranhos cuja vaidade não tem limites, cujo nepotismo não tem fronteiras e que mesmo quando se apresentam com ares de vacas mortas, são sempre testas-de-ferro de algum cacique poderoso;

[19] Porque independente de tua escolha, desde 1889 estás votando nas mesmas famílias, nos mesmos sindicalistas, nos mesmos religiosos, nos mesmos oligopólios e, em suma, no mesmo tipo de gente que já acumulou capital e influência suficiente para que inclusive seus netos e bisnetos pisoteiem e oprimam teus netos e teus bisnetos por mais um século;

[20] Não deves votar porque as vagas no Congresso Nacional vêm sendo passadas de pai para filho; de amigo para amigo, de suplente para suplente, de amante para amante, de um crápula para outro crápula desde o nascimento do Estado Moderno, e porque o próprio Estado Moderno não é mais do que uma variação ardilosa das monarquias medievais;

[21] Porque tua vida não se resume apenas ao voto e porque tua escolha terá de ser feita entre aqueles que já foram escolhidos nas paróquias, nos sindicatos, nos festins das elites, nas reuniões de banqueiros ou nas bebedeiras da canalha;

[22] Não deves votar porque o Congresso Nacional só funciona três vezes por semana, porque os parlamentares passam meses e anos discutindo assuntos que poderiam ser resolvidos em horas e porque por esse fútil jogo de cena, ganham praticamente 50 mil dólares mês, cada um, para gastos com seus apadrinhados e com seus gabinetes;

[23] Porque no Congresso Nacional 30% dos congressistas representam os latifundiários; 30% os industriais; 30% os banqueiros, 10% as seitas religiosas e 0% o povo. E porque apesar das promessas demagógicas, nenhum deles alterará essa perversidade secular;

[24] Não deves votar porque pudestes ver no caso da recente rapina dos cofres públicos, o corporativismo mais canalha e inominável. Porque a liberdade de escolha que querem fazer-te acreditar que tens, é a mesma que uma pobre dona de casa, num Carrefour, diante da prateleira de sabão, tem de escolher uma entre aquelas sete ou oito marcas…

[25] Porque não saberias como explicar a teus filhos e às gerações futuras o respaldo que destes a esses bandos;

[26] Porque não é admissível que os candidatos disponham de tanto dinheiro, de tanto poder e de tanto marketing para seduzir-te e para comprar-te;

[27] Não deves votar porque estas diariamente assistindo aos programas de propaganda política, porque podes ver o que há por detrás daqueles olhares e o perigo que aquelas palavras vazias, tolas e sem nexo representam para tua inteligência e para tua integridade;

[28] Porque não estas nem entre os 60% de eleitores analfabetos que vendem seu voto por duas arrobas de carne, e nem entre os 10% de proprietários do país, a quem, nada é mais importante do que um Estado e uma polícia onipotente que os proteja da fome, do desamparo e da indignação da turba desvairada;

[29] Não deves votar porque teu voto apenas mudará a fachada do circo e do espetáculo nacional, enquanto que o que se pretende é alterar de forma radical seus alicerces mais profundos;

[30] Mesmo que nada disso te convencer, não deves votar em respeito ao princípio elementar de amor próprio, de auto-estima e de consciência libertária.

[31] Enfim, se pretendes mudar radicalmente tua vida e a sociedade, é bom que comeces questionando o jogo mafioso e melancólico da política e do próprio Estado. É bom que comeces questionando teu próprio espírito bovino, essa tua mansidão otimista que te faz passar toda a existência fazendo campanhas, publicidade, e votando em alguém, para alguém que amanhã te cuspirá literalmente na cara e que te olhará com asco desde as alturas do Congresso Nacional ou dos altares da Cúria Metropolitana. E me refiro apenas a esses dois antros, porque por um lado, os padres, os pastores, as freiras, e os seminaristas se infiltraram astutamente nas artérias do Estado e por outro, porque os políticos de todos os naipes incorporaram malandra e cegamente em sua praxe, o discurso e o cinismo de todos os cleros. Se queres mudar as regras dessa sociedade histérica e monótona, não podes deixar tuas idéias pararem nos limites do Estado, da Igreja e da Política, como se eles representassem o último reduto de todos os pensamentos, pois a história deixa bem claro que as tragédias sociais foram sempre e sempre agravadas tanto pelo “homo politicus” como pelo “homo religiosus”. E depois - aqui entre nós -, porque não é verdade que o voto seja algo revolucionário. Pelo contrário, ele simboliza apenas um gesto esquivo, servil, esquizóide, obrigatório e quase demente da manada, realizado às escondidas numa urna guardada por párias, policiais e por juízes.

Finalmente, seja qual for a estratégia de mudança que um dia pretendas levar a cabo, ela deve estar sempre apoiada na consciência de que este Brasil é ainda um imenso e falido Portugal, submergido – como dizia Camões – no gosto da cobiça e na rudeza de uma austera, apagada e vil tristeza.


Este magnífico texto é de autoria do meu mestre Ézio Flávio Bazzo

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Curta da Pervitin Filmes é exibido com filme de Vladimir Carvalho em mostra sobre Cerrado

O curta-metragem "Cerrado em Pé", da Pervitin Filmes, foi exibido no último dia 09, em mostra sobre o bioma Cerrado, realizada no Centro Underground Conic, em Brasília. O documentário foi exibido juntamente com "A Paisagem Natural", do gênio do cinema nacional, Vladimir Carvalho. Meus sinceros agradecimentos a Aninha Arruda, organizadora do evento. É nóis de novo!

Um abraço.


Sandro Neiva


O CERRADO é tema da programação de setembro no Cineclube Vladimir Carvalho (Conic), contando com produções exclusivas do Distrito Federal e de Goiás


Em homenagem ao Dia do Cerrado (11 de setembro), a programação do Cineclube Vladimir Carvalho deste mês conta com pré-estréias e com filmes raros e exclusivos, todos produzidos no Distrito Federal e Goiás. Durante todas as quintas-feiras de setembro, o público pode conferir curtas-metragens premiados e consagrados que falam de temas como a biosfera do cerrado, personagens da cultura tradicional local, a questão indígena e de terra no Centro-Oeste, medicina natural com plantas do cerrado, domesticação de animais e afins.


A curadoria foi elaborada de forma coletiva e compartilhada entre o Coletivo de Cineclubes do DF e o Cineclube Cascavel de Goiânia (ambos integrantes do Conselho Nacional de Cineclubes), no intuito de dar a oportunidade ao público do acesso direto a produções de qualidade que contam com pouca circulação, em especial aos filmes de curta-metragem. Será também uma homenagem ao cineasta Vladimir Carvalho, que dedicou boa parte de sua filmografia ao Centro-Oeste, como o curta-metragem Paisagem Natural, sendo a inspiração para a temática do mês.


“Queremos valorizar os filmes feitos no DF e em Goiás. Somos vizinhos, temos tanto em comum, mas desconhecemos boa parte da produção artística regional. O cerrado é nosso patrimônio do Centro-Oeste e há de ser valorizado também nas telas, nos cineclubes.” comenta Ana Arruda Neiva, representante do Coletivo de Cineclubes do DF e coordenadora da programação do Cineclube Vladimir Carvalho.


O convidado para curadoria do mês é o Cineclube Cascavel, de Goiânia. Luiz Felipe Mundim, representante do Cineclube e da ABD-GO, lembra de um dos lemas do Conselho Nacional de Cineclubes “Os filmes são feitos para serem vistos. É um prazer contar com exibição de filmes goianos em Brasília, esse intercâmbio é fundamental”.


As sessões acontecem todas as quintas-feiras às 19h00, contando com bate-papo após as exibições. O Cineclube Vladimir Carvalho fica no CONIC – sobreloja da biblioteca Arildo Dória. A entrada é franca.


Serviço

CINECLUBE VLADIMIR CARVALHO

Data: Todas as quintas-feiras

Hora: 19h00

Local: Espaço Arildo Dória – sobreloja (Conic), na rua da Kingdom Comics

Endereço: SDS (Setor de Diversão Sul), Ed. Venâncio III, sobreloja 53

Entrada franca


CERRADO, PAISAGEM NATURAL – programação de setembro


02.09 [Mostra, Goiás] 4 curtas-metragens goianos premiados em festivais como o FICA - Festival Internacional de Cinema Ambiental de Goiás Velho.


09.09 [Nosso Cerrado por Eles] filmes dirigidos por cineastas como os renomados Vladimir Carvalho e Lyonel Lucini, e pré-estréia de curta-metragem de Sandro Neiva.


16.09 [O Santuário Não se Move: a questão indígena no DF] Vídeos produzidos pelo Coletivo de Ação Informativa Tribal do Santuário Sagrado dos Pajés (DF).


23.09 [Nosso Cerrado por Elas] filmes dirigidos por cineastas mulheres de Brasília (Bethânia Victor e Tânia Quaresma), rodados na Chapada dos Veadeiros e em Planaltina.


30.09 [Mostra, Goiás] filmes goianos inéditos (o documentário A Teia do Cerrado) e premiados (o documentário Vida Seca - Som de Sucata e a animação Peixe Frito).


02.09 | quinta-feira | 19h

[Mostra, Goiás]

Olhar de João, de Mariley Carneiro çDocumentário × 20min × 2010 × GO

"Pensar como a natureza pensa. Mas como é pensar como a natureza pensa, se a gente não percebe a natureza e a despreza?" Ela grita, agoniza, pede socorro, mas quem vê? filme mostra a forma singular com que o fotógrafo João Caetano vê as faces e formas ocultas em pedras, troncos, flores e frutos. Um alerta através da fotografia.

Rapsódia do Absurdo, de Cláudia Nunes | Documentário × 16min × 2006 × GO

Documentário poético sobre reforma agrária e urbana com cenas de arquivo de dois marcantes episódios de luta pela terra: Fazenda Santa Luzia e Parque Oeste Industrial, cuja dimensão os torna universais do conflito entre a propriedade privada e os pobres do mundo.

Sonho de Humanidade, de Amarildo Pessoa |Documentário × 14min × 2010 × GO

A domesticação dos psitacídeos transparece o sonho antigo dos humanos de viver em harmonia com a natureza; promessa de felicidade que esconde um drama:não podemos ter um pássaro voando na mão.

Icologia, de Ângelo Lima |Documentário × 26min × 2004 × GO

Um vídeo sobre o amor a natureza, o homem e seu habitat. Seu Ico, suas plantas, suas estórias. Recebeu prêmio de Melhor Produção Goiana no VII FICA 2005 (Festival Internacional de Cinema Ambiental), realizado na Cidade de Goiás-GO.


09.09 | quinta-feira | 19h

[Nosso Cerrado por Eles]

Cerrado em Pé, de Sandro Neiva | Documentário × 8min × 2010 × DF

Josué Faustino de Souza é artesão e vive em Teresina de Goiás, na Chapada dos Veadeiros. Ao mesmo tempo em que utiliza fibras do Cerrado como matéria-prima de seu ganha-pão, desenvolve um trabalho de replantio de espécies raras e nativas do bioma. Não possui escolaridade, mas sua relação de nobreza com o meio ambiente e o discurso arrebatador em defesa do Cerrado deixou perplexa uma plateia composta de gestores públicos, gerentes de ONGs, políticos, mestrandos, doutorandos, ativistas ambientais, jornalistas, antropólogos, universitários e diretores ministeriais do governo federal.


Eu sou Cerrado, de Lyonel Lucini | Documentário × 7min × 2001 × DF

Um filme dramático, porque é esta situação que se encontra o Cerrado, apesar do reconhecimento mundial como Patrimônio Natural da Humanidade O Cerrado agoniza e ninguém percebe, embalados que estamos pelo doce (?) canto da globalização.

Serra Velha dos Cristais, de Jorge Martins | Documentário × 5min × 1985 × DF

Abordagem sociológica, econômica e antropológica, evocando o inter-relacionamento do homem com a terra, na atividade de extração do cristal de rocha e a expressão cultural gerada na região, em torno da lapidação e comercialização do cristal e pedras semipreciosas.

A Paisagem Natural, de Vladimir Carvalho | Documentário × 4min × 1989 × DF

Brasília é patrimônio histórico da humanidade, não apenas por sua extraordinária arquitetura e traçado urbano, mas também por constitui-se numa espécie de santuário natural, com seus rios, cerrados, cachoeiras e grutas de formidáveis proporções. Esse verde que a circunda terminou por invadí-la no seu âmbito mais íntimo, tornando-a uma cidade muito peculiar.


16.09 | quinta-feira | 19h

[O Santuário Não se Move: a questão indígena no DF]

Realização: Coletivo de Ação Informativa Tribal do Santuário Sagrado dos Pajés (DF)

Noroeste Ilegal | Documentário × 14min × 2008

O vídeo apresenta depoimentes de autoridades nas áreas de arquitetura e urbanismo, na área de questão fundiária, e na área ambiental, como o profº Frederico Flósculo e Frederico Maia, perito da FUNAI. As autoridades questionam a legalidade do Setor Noroeste.

Mídia Faroeste | Documentário × 6min × 2008

A abordagem da mídia coorporativa empresarial do DF, em grande parte financiada pelo governo do DF, sobre o caso da Terra Indígena do Bananal – Santuário dos Pajés.

Impactos Ambientais Ocultados pelo GDF | Documentário × 9min36 × 2008

O Governo do DF, que de modo irregular obteve o licenciamento prévio e de instalação junto ao IBAMA para iniciar o Setor Noroeste, não levou em consideração o estudo de impacto ambiental feito por uma empresa contratada pelo governo. O vídeo apresenta algumas das questões omitidas no processo de licenciamento.

Resistência do Sagrado | Documentário × 17min × 2008

Uma sociedade em luta pela permanência do Santuário dos Pajés. Uma questão de direito canônico, de exercício da liberdade de culto e religião, e não uma questão de ocupação irregular de terras como o Governo do DF tem tratado o caso.

Santuário dos Pajés: Preservação, Denúncia e Resistência | Documentário × 11min × 2008

Seqüência de fotos da região preservada pelos indígenas do Santuário Sagrado dos Pajés, e apresenta um vídeo do cacique Korubo denunciando a degradação ambiental provocada pelo Governo do DF há cerca de 10 anos. A TERRACAP (Companhia Imobiliária de Brasília) extrai areia, argila e calcário ao lado do Parque Ecológico Burle Marx (totalmente abandonado), e há indícios que tal extração desencadeou um desordenamento do regime hídrico da área


23.09 | quinta-feira | 19h

[Nosso Cerrado por Elas]

Da Utilidade dos Animais, de Bethânia Victor | Ficção × 9min × 2004 × DF

Adaptação de conto homônimo de Carlos Drummond de Andrade, esse vídeo, rodado no povoado de São Jorge, na Chapada dos Veadeiros (GO), mostra a relação utilitária entre os homens e os animais, através dos olhos e das perguntas ingênuas das crianças.

Seu Beija, de Tânia Quaresma | Documentário × 16min × 1993 × DF

Documentário sobre a vida e o trabalho de Seu Beija, um senhor de 84 anos que vive em Planaltina, onde possui a Farmácia Verde, um lugar onde ele prepara medicamentos com plantas para a comunidade carente.


30.09 | quinta-feira | 19h

[Mostra, Goiás]

Teia do Cerrado, de Uliana Duarte | Documentário × 15 min × 2010 × GO

O filme aborda a relação da diversidade cultural e a biodiversidade, a partir das ações do projeto de mesmo nome desenvolvido pela Associação Cultural Domínio Descendente, de Teresina de Goiás, na Chapada dos Veadeiros. Ao registrar a evolução dos trabalhos do grupo de fiandeiras e tecelãs, o filme vai se aproximando de seus personagens, construindo a teia existente entre as senhoras participantes, o presidente da associação, músico e profundo conhecedor dos encantos do cerrado, Seu Josué; e o ambiente que os abriga e inspira. Colorido pelos matizes vibrantes e texturas barrocas que envolvem o universo do cerrado, o curta-metragem homenageia a sabedoria popular das culturas tradicionais, lembrando a importância de seu resgate e alerta para a urgência da defesa do bioma que ainda resiste à exploração humana.

Peixe Frito, de Ricardo George Podestá Martins | Animação × 19min × 2005 × GO

Um avô ensina o seu neto a pescar, a partir daí, peixes, gaivotas, anzóis se misturam em uma verdadeira estória de pescador.

Vida Seca – Som de Sucata, de Diego Mendonça | Documentário × 12min × 2009 × GO

Documentário musical sobre o grupo goianiense Vida Seca, que toca percussão com instrumentos musicais feitos de lixo, e as oficinas que desenvolvem, misturando musicalidade e meio ambiente.

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CRÉDITOS

Cineclube Vladimir Carvalho

Idealização e Realização: Fundação Astrojildo Pereira

Coordenação de curadoria e programação: Coletivo de Cineclubes do DF

Programação - convidados: Cineclube Cascavel (GO) e Tintin Cineclube (PB)

Apoio: Conselho Nacional de Cineclubes (CNC)