quinta-feira, 28 de julho de 2011

Humor de péssimo gosto na TV

Integrantes do programa Pânico na TV invadem funeral de Amy Winehouse e protagonizam cenas de lamentável mau gosto.

Por Sandro Neiva

No final do ano de 2009 eu assisti perplexo pela TV o senhor jornalista Boris Casoy, num ato de absoluto preconceito de classes e anti-ética explícita, tentar desqualificar a profissão de gari. 
http://pervitinfilmes.blogspot.com/2010/01/boris-casoy-o-sem-vergonha_07.html 


Pensei que tão cedo não tornaria a assistir uma cena de tão baixo nível por parte de um profissional de comunicação, âncora do telejornalismo brasileiro. Ledo engano.

Nesta semana os integrantes do Pânico na TV (programa de humor produzido pela Rede TV) bateram o recorde em termos de cinismo, falta de respeito pelo ser humano, mau gosto e falta de ética profissional.

O cara se chama Daniel Zukerman e interpreta O Impostor, no referido programa humorístico. Ele e um produtor invadiram o funeral da cantora Amy Winehouse em Londres nesta terça-feira. O Impostor deu uma entrevista a um canal de televisão alemão e lamenta a morte da cantora para as câmeras enquanto o produtor se afasta para rir. Assista abaixo:
 
Ainda ontem escrevi um artigo intitulado "O mórbido reality show com Amy Winehouse” no qual critico exatamente esta macabra e sinistra atitude de certos segmentos da mídia, que na ânsia por uma imagem exclusiva ou uma informação fútil, acabam causando tanto (ou mais) estragos que as tais substâncias ilícitas utilizadas por estrelas pop.

Sinceramente, sinto vergonha por estes caras do Pânico serem brasileiros! Será que acreditam que isto é humor? Péssimo exemplo para os jovens que assistem a um programa que ostenta poderosos índices de audiência.

Há um limite tênue entre o humor e a baixaria, entre a criatividade e a pequenez de espírito. Invadir o funeral de alguém, seja lá quem for, não é algo engraçado. É deboche irresponsável. Representa, no mínimo, uma profunda falta de respeito pelo ser humano.

E pensar que em nome da liberdade de expressão, lixos dessa categoria, que formam opinião e ajudam a moldar a cabeça de nossa juventude, são autorizados a serem veiculados em canal aberto para a turba alienada, delirante com as mulheres seminuas.

É triste para um país, berço de gente do naipe de Renato Aragão e Os Trapalhões. O humor simplório do Didi dura até hoje e é eterno exatamente porque é humor primário, de palhaço que faz rir por impulso, pela inocência, espontaneidade e alegria nata do nordestino e do brasileiro em geral. Pode-se dizer o mesmo de Mazzaropi.

Mas o diretor responsável pelo pretenso humorismo do programa Pânico na TV parece nunca ter frequentado uma aula de ética nos seus dias de universidade.

Torço para que no dia em que perderem suas mamãezinhas o programa concorrente não faça a mesma coisa.

Simplesmente desprezível!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

O mórbido reality show com Amy Winehouse


Por Sandro Neiva


Talvez a morte prematura da cantora inglesa Amy Winehouse, ocorrida em Londres no último dia 23 de julho, tenha sido a tragédia mais anunciada pelo showbizz nos últimos tempos.

A verdade é que ninguém se surpreendeu com a morte aos 27 anos da talentosa artista de soul music. Acredite, até um site foi criado (www.whenwillamywinehouse.com), prometendo premiar com um Ipod o internauta que acertasse a data de sua morte!


Por meio de reality shows macabros do tipo, cada passo de Amy era vasculhado, inclusive pelos próprios fãs, com ampla dilvulgação de vídeos no YouTube, além das fofocas sempre atualizadas, feitas pela mídia especializada (em tragédias). 


Os fãs, sempre ávidos por saber quais as drogas a cantora ingerira a cada final de semana, são os mesmos que nunca mais terão a oportunidade de vê-la chegar junkie-cambaleante num palco qualquer desfiando sua belíssima voz.


Na era da informação banalizada e do culto exacerbado a celebridades, a net proporcionou uma enxurrada de “notícias” quase diárias  e os últimos “dados” de sua atribulada vida pessoal.

A diferença da morte de Amy e de outros artistas famosos foi a cobertura, quase em tempo real, da imprensa.


Mas não pense que este é um fenômeno comum aos meios de comunicação atuais. Desde Marilyn Monroe, passando pela princesa Diana e por Kurt Cobain  os programas televisivos, os tablóides sensacionalistas e o jornalismo paparazzi sempre estiveram mais interessados em tragédias espetaculares do que em talentos verdadeiros.


quarta-feira, 6 de julho de 2011

Festival Retina Rock 2011




Por Sandro Neiva


A 3ª edição do Festival Retina Rock aconteceu neste sábado, 2 de julho de 2011, no Círculo Operário do Cruzeiro. Felipe CDC apresentou ao público os 5 videoclipes que participaram da mostra competitiva e concorreram ao troféu ZOscar, produzido pelo artista Tomaz André e oferecido pelo Zine Oficial. Logo após, houva  apresentação do documentário “Fanzines, a espinha dorsal do underground”, dirigido pelo jornalista Fábio Guedes, o  Frajola. O troféu ZOscar foi oferecido também ao rapper Natinho, uma das pessoas mais queridas da cena cultural do DF. veterano roqueiro carioca Serguei e sua banda Pandemonium fecharam a noite do Retina, mas antes ainda teve muito rock local com sete bandas de nosso underground.