sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O escárnio do governador Arruda e o desejo do povo



Por Sandro Neiva

São de dar nojo, causam repulsa, terrível indignação e completa repugnância as declarações diárias do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. Depois de violar o placar eletrônico do Senado, depois de ser filmado recebendo dinheiro sujo de corrupção e de afirmar que a bolada seria utilizada na compra de panetones para os miseráveis do Planalto Central, depois que a Polícia Federal descobriu que ele é o chefe de uma quadrilha organizada que é a própria cúpula do GDF, depois de mandar a Cavalaria da Tropa de Choque pisotear manifestantes desarmados nas ruas da capital, depois de se descobrir que ele é dono de um luxuoso haras nos arredores de Planaltina e que seu patrimônio quadruplicou da noite para o dia – depois de pedir perdão por mais de uma vez, o governador Arruda agora resolveu, pasmem vocês – perdoar as pessoas.

Em declaração ontem à imprensa de Brasília, o governador afirmou que entende a indignação popular e que perdoa aqueles que o insultam. Ora, somos nós quem não o perdoamos, governador! Somos nós quem não entendemos como o senhor pode ostentar essa expressão facial de deboche, esse sorriso de sarcasmo, essa cara-de-pau que estampa toda sua canalhice e deixa às claras todo o escárnio e o ódio que você e os de sua profissão nutrem por nós, – gente que anda de ônibus e paga aluguel.

Oxalá que num dia de glória, um morro como o da Enseada do Bananal, em Angra dos Reis, desabe sobre vossa cabeça calva. Que uma ponte como a que rachou ao meio no Rio Grande do Sul rache no momento em que estiver atravessando com seu carro. Ou então que, numa noite negra, de chuva forte, chova canivetes no seu pescoço. Numa manhã de primavera nós marcharemos até o Palácio do Buritinga e o atacaremos com machados e dinamites. O sol brilhará triunfante e belo nesse dia.

É o que nós, POVO, com nossos mais sinceros sentimentos, lhe desejamos para 2010, governador Arruda!

Como disse o pensador punk Ezio Bazzo (parafraseando Alfred Jarry) – “Não teremos tudo demolido, se não demolirmos inclusive as ruínas”.



7 comentários:

  1. Sandro, parabéns pelo texto. As mobilizações começam quando nos colocamos a expressar nossas revoltas. E quando mais pessoas como eu se identificarem com a suas revoltas, aos poucos seremos muitos e aí então será inevitável que no mobilizemos para transformar essa lama todo que está aí.

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  2. Politico bom é político morto!
    Precisamos de um grupo especializado em ataques a políticos!
    Porque se depender da Justiça...

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  3. Porrada nos políticos e seus apoiadores... O negócio é importar algum homem bomba para explodir todos eles.

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  4. Sabe quando estes salafrários vão temer alguma coisa? Quando começar a aparecer Homens-bomba por aqui...hehehehehehe...
    Torço para que um entre naqueles covis e mande tudo pelos ares.
    Mas enquanto isso não acontece temos que manifestar nossa indignação a qualquer custo. Daqui de Minas deixo meu sincero apoio à população de Brasília.
    Abraço,

    Licínio

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  5. Olá Sandro,
    parabéns pelo texto e pelo blog.
    Gente com sua sinceridade faz muita falta neste país.
    um abraço,
    Gustavo Gazzinelli

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  6. Ainda bem que ele mos perdoou!

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  7. "Numa manhã de primavera nós marcharemos até o Palácio do Buritinga e o atacaremos com machados e dinamites. O sol brilhará triunfante e belo nesse dia." SIM SIM, E SÓ POR ISSO AINDA EXISTE VONTADE DE VIVER, PARA ESTAR NESTE DIA... QUE VIRÁ!!! VALEU SANDRO, CADA DIA MAIS ÁCIDO!! ABRAÇOS, AMIGO!!! JULIANO

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