segunda-feira, 15 de março de 2010

Gorjeta, Não!


Por Sandro Neiva

Caso seja transformado em Lei um projeto do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), – político-pastor ligado à Igreja Universal do Reino de Deus –, bares, botecos e restaurantes poderão usurpar de seus clientes gorjetas de 20% sobre contas encerradas após 11 horas da noite.

Cá entre nós: isso é o que se chama popularmente de “ideia de jirico”. Agora, além dos maiores impostos, pagaremos, também, as maiores gorjetas do mundo.

Só mesmo um vigarista religioso, de olho nas próximas eleições, para propor um absurdo desses. Crente não fica em bar após as 11 da noite, né. Foda-se.

E a segurança pública? Continuam tratando dos sintomas, enquanto a causa da doença corre firme e forte nas veias do país. Ao invés de propor 20% de gorjeta, por que esse senador incompetente não propõe 30% de imposto de renda sobre as receitas das igrejas, que recebem quantias absurdas usurpando e enganando os fiéis até a última gota de sangue?

Tanto os políticos quanto as igrejas – seja a Universal, a Católica ou o Santo Daime – não valem nem 1%.

Eu não pago R$ 0,01 de gorjeta para ninguém! Dar gorjeta ajuda esse país a ser tão desigual. Não existe explicação plausível para “gratificar” alguém porque este “prestou um bom serviço”.
Ora, prestar um bom serviço é o BÁSICO para que qualquer trabalhador receba o seu salário. O salário é a recompensa pelo bom trabalho desempenhado.

Costume perverso e pervertedor , a palavra “gorjeta” parece ter vindo do francês, “gorge”, garganta. Tratava-se de uns trocados para o escravo “molhar a garganta”. Na antiga China comunista, era proibida a gorjeta. O velho Mao tinha razão.

É essa complacência com a “caixinha” que vai descambar nas Caixas de Pandora, nos propinodutos e nas gorjetas enfiadas nas meias, nas cuecas e no cu de nossos representantes. Brasil sil sil







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