Por Sandro Neiva
Depois de duas semanas vagabundeando com minha companheira pelos arredores de Serra Grande, no litoral sul baiano, é hora de retornar pra casa. Passar 14 dias sem televisão, sem celular, sem internet, sem rádio de pilha e sem a menor preocupação com o resto do mundo foi uma vitória e tanto como ser humano.
Começa o sofrimento e a saga de enfrentar 30 horas de Ilhéus a Brasília num busão capenga da Viação Novo Horizonte. A beleza da mata atlântica vai ficando pra trás e nosso veículo mais parece uma carroça motorizada cruzando a sequidão da caatinga e a dureza das estradas vicinais no sertão da Bahia. Um Conhaque Presidente em cada parada bem que ajudou no martírio.
Numa banca de beira de estrada compro um exemplar do jornal soteropolitano A Tarde e a nova edição da revista Veja. Em meio às manjadas notícias de Caetano Veloso, Ivete Sangalo e Carlinhos Brown saracoteando pelos trios elétricos de Salvador, uma nota no canto da página me chamou a atenção: GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL CONTINUA PRESO.
Oh, São Rock ouvira, afinal, minhas preces! Arruda no xilindró! A viagem de volta já não estava tão cruel assim. Até o ar condicionado do baú velho começou a funcionar de uma hora pra outra. Mais uma parada. Dessa vez a fumaça do "coentro" baiano a passear malemolente pelo crânio colaborou para que eu pudesse saborear ainda mais a matéria que a Veja publicara sobre a prisão do governador corrupto.
desta vez o calhorda se deu mal. Espero que seu vice tenha o mesmo destino, assim como toda a quadrilha.
ResponderExcluirAbraço.
Olá caríssimo Sandro!
ResponderExcluirAgradeço pela visita ao meu blog Meu Mundo Amigo e pelo comentário pertinente sobre o documentário "Ouro de Sangue". Gostaria de parabenizá-lo pelo excelente trabalho que desenvolveu sobre o sofrimento e a luta dos habitantes de Paracatu/MG. Quando recebi o documentário por email fiquei perplexa ao ver tamanho desrespeito por parte das empresas mineradores com a comunidade local e ao meio ambiente ! É horrível pensar também que as autoridades ambientais fazem vistas grossas, e de certa forma facilita a entrada desses empreendimentos potencialmente perigosos próximos a assentamentos humanos. Haja vista que as leis ambientais são claras a esse respeito. Eu também sou de Minas, moro em BH, e sofremos também por muito tempo com uma empresa de incineração de lixo hospitalar instalada no bairro Camargos em 2003, a qual conseguimos seu embargo definitivo em 2009. Sei o quanto é difícil lutar contra o poder econômico!
Seja sempre bem vindo ao Meu Mundo Amigo!
Por gentileza, qualquer novidade em relação ao assunto pode me avisar para unirmos forças!
Saudações sócio-ambientais!
Kellen Guimarães
http://www.meumundoamigo.blogspot.com